quinta-feira, 11 de novembro de 2010

DESAFIO DE REDAÇÃO
ATINGE O OBJETIVO


O 4º Desafio de Redação do Diário desempenhou o papel que caberia aos governantes e à sociedade. Em tempos em que muito se comenta sobre o crescimento do consumo de drogas, principalmente crack, entre os jovens brasileiros. Pode-se apontar que foi a única iniciativa que levou a discussão sobre drogas para dentro da sala de aula e, consequentemente, para o seio familiar. E o fez de maneira educativa, ao propor como tema de redação a expressão Crack, Tô Fora!

Durante parte deste semestre, estudantes das redes pública e privada tiveram acesso a informações sobre os malefícios do tóxico, sabendo porque devem dizer ‘Não’ às drogas. O assunto, para muitos, era tabu ou tema proibido, por força da formação educacional e/ou religiosa da família. Por isso, boa parte dos alunos se surpreendeu ao tomarem conhecimento sobre o que é maconha, cocaína, crack e outras drogas sintéticas comercializadas livremente, embora proibidas e que estão estritamente ligadas à criminalidade e morte.

O governo federal reservou R$ 408 milhões do orçamento para serem aplicados em tratamento médico a dependentes, repressão ao tráfico e campanhas de prevenção. Instituído pelo decreto 7.179/10, em maio deste ano, o plano é composto de ações de aplicação imediata e estruturantes. Entre elas, destacam-se aquelas voltadas para o enfrentamento ao tráfico em todo o território nacional, principalmente nos municípios localizados em regiões de fronteira e a realização de campanha permanente de mobilização nacional para estimular o engajamento ao plano. Já as ações estruturantes organizam-se em torno de quatro eixos: integração de ações de prevenção, tratamento e reinserção social; diagnóstico da situação sobre o consumo do crack e suas consequências; campanha permanente de mobilização, informação e orientação; e formação de recursos humanos e desenvolvimento de metodologias.

O Ministério da Educação também entrou no plano nacional, propondo que em cinco universidades federais sejam criados cursos de especialização e mestrado profissionalizante em gestão de tratamento de usuários de crack e outras drogas.

Em todo o Brasil, campanhas e mais campanhas foram lançadas pelos governos estaduais e municipais, todas objetivando o combate às drogas e, principalmente, à prisão dos traficantes. Nunca se falou tanto em crack quanto agora, mas de prático mesmo pouca ação efetiva aconteceu. Os movimentos não foram suficientes para coibir o uso de drogas e tampouco inibir a ação de traficantes. Os governantes, pelo menos no Grande ABC, pouco se moveram para ampliar o elo de proteção da sociedade, deixando meramente a cargo da polícia a função de identificar células de tráfico e prender seus chefes.

Mas só isso não basta. Por isso, o Diário entrou em ação e usou seu Desafio de Redação para ensinar e conscientizar a classe estudantil, principal alvo do tráfico nacional. A rebeldia natural da pré-adolescência leva esses meninos e meninas a desafiarem a sorte e as regras da sociedade. Por conta da contestação social, muitos caem de cabeça (ou de boca) no pó e depois, sucumbidos, já não conseguem se levantar. Com a redação ‘Crack, Tô Fora!’, eles se envolveram no assunto e, de forma competitiva (já que o Desafio é um concurso educa-cultural), foram em busca de informações e de discussões em salas de aulas e em casa para melhor escreverem o texto proposto. Indiretamente, eles participaram da campanha de combate ao crack. Com conhecimento, agora, certamente será bem mais difícil levá-los para o mundo das drogas. Ainda bem!.

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